Eugostode... Presépios.
Desde miúda que sempre associei o presépio ao Natal. E que fique desde já definido, que os meus presépios sempre tiveram animais, muitos. Sempre tiveram um burro e uma vaca, bafejadores de quentinho para um menino Jesus que só usava uma fralda.
Desde pequena que aprendi a colocar as minhas pequeninas mãos por baixo do musgo frio e molhado que apanhávamos no pinhal perto de casa. Sabia que ao arrumar o musgo nos sacos ou caixas, para o transportar, devíamos colocar a parte de cima do musgo em contacto com outra parte de cima, para que não se sujasse. Era um encantamento, caminhar pelo pinhal. à procura das melhores áreas de musgo para o nosso presépio.
Depois em casa, à volta do vaso do pinheiro, também ele natural, fazíamos uma gruta, com cavacas de madeira. Colocávamos o musgo, sem esquecer o lago e o rio feito com papel de alumínio que guardávamos dos chocolates que comíamos. As estradas eram feitas com areia. As árvores eram pontinhas de arbustos, que a minha mãe, cuidadosamente, tinha apanhado.
As figuras, saíam, então, da caixa onde tinha ficado guardadas desde o Natal anterior. A N.Sra e o S. José, os animais, os reis Magos, o Castelo, o pastor e suas ovelhas, as lavadeiras, o moleiro, o padeiro, a ponte, as casas diversas. Eram tantas as imagens e de ano para ano o presépio ia crescendo.
Finalmente, as luzes da árvore de Natal eram puxadas até à gruta e iluminavam o local, onde na noite de 24 íamos colocar o menino Jesus, aquele envolvido só numa fralda.
E o menino Jesus compensava, pois havia sempre prendinhas bonitas e muito desejadas nos sapatinhos que deixávamos debaixo da chaminé.
Eu continuo a gostar de presépios... e do Natal.